Chaves/Nakahodo Estrilho  
Estrilho

Estrilho é um ensaio audiovisual que foca na nossa vida sonora durante a pandemia.

Que som te confortou nesta pandemia? Foi recorrente ou casual? Deixou saudade? Ou será algo por vir? Foi uma voz ou vozes? Um corpo ou corpos? Uma música? Tinha uma origem? Era desconhecido ou familiar? Bonito ou esquisito? Foi dentro, fora ou no entremeio? Onde foi? Esse som tocou, cheirou, degustou e olhou os seus sentidos?

A coleta, fragmentação e leitura de depoimentos amplificam imagens e sons que remetem ao isolamento social, memória individual/coletiva e à forma como os espaços públicos e/ou privados de João Pessoa foram afetados pela pandemia. Estrilho propõe uma reflexão sobre o papel museológico da escuta, da experiência aural e reminiscência sonora para a construção de um arquivo que amplifica a possibilidade de empatia, esperança e poesia-entre.

Nakahodo/Chaves
RUI CHAVES (PT/BR)

Artista sonoro, performer e investigador português. Seu trabalho criativo coloca em primeiro plano uma discussão sobre a presença – tanto física quanto autoral – no processo de fazer arte sonora. De 2015 a 2018, foi pesquisador de pós-doutorado no NuSom (Universidade de São Paulo) com um projeto de pesquisa que focou na criação de um “arquivo” online de arte sonora brasileira. Em 2019, co-editou com o professor Fernando Iazzetta o volume Making it Heard: A History of Brazilian Sound Art (Bloomsbury). Atualmente, é professor visitante no programa de pós-graduação em artes visuais da Universidade Federal da Paraíba (2021 a 2025).

LILIAN NAKAHODO (BR)

Artista e musicista brasileira okinawana cujas práticas criativas enfocam processos cartográficos e experiências auditivas do cotidiano. Criou a plataforma online Mapa Sonoro de Curitiba (2016), que gerou diversos desdobramentos, como a performance de caminhadas sonoras comunitárias. Colaboradora ativa e co-fundadora do coletivo de pianistas PianoVero e do Tropelia hub de música experimental, sua curiosidade musical é guiada pelas múltiplas possibilidades que o piano, a tecnologia e o contexto oferecem, como na instalação sonora Vexations: 840 x Satie (2019) e nas videoperformances Fraturas Zen e Mare Tranquillitatis (2021).

Estrilho